Buscapé e Bondfaro

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Carlos Burle é campeão mundial de surf de ondas gigantes



Doze anos após vencer o primeiro evento de ondas grandes, em Todos os Santos, México, que teve status de título mundial, Carlos Burle sagrou-se campeão do primeiro circuito mundial de ondas grandes na remada. O big rider chegou a final dos 4 eventos que valiam pontos para o ranking e, devido sua atitude em face às condições extremas, teve sua performance exaltada pelos competidores e organizadores em todos as competições. O prêmio foi entregue no sábado, 24 de abril, em San Clemente, na Califórnia, em uma cerimônia com a presença dos principais nomes do surf em ondas grandes, como Mark Healey, Chris Bertish, Grant Baker, Greg Long, entre outros.
Segundo Burle, a vitória não pertence somente a ele, mas a todos os atletas e ao esporte. Carlos disse aos surfistas convidados presentes: “Todos vocês subam aqui e segurem esse troféu comigo,” pedido que foi atendido por seus companheiros de competição. E completou: “Estou muito feliz de estar aqui, já com 42 nos, e remar nas ondas com vocês, sempre estendendo os limites. O que nós fazemos lá não é nada fácil. O que fazemos é a coisa mais estressante do mundo. Nós nunca sabemos quando vai acontecer. Não há um cronograma fechado para nós. Temos que viajar de última hora, normalmente de madrugada, para depois nos depararmos com aquelas ondas monstruosas. Nós somos os seres humanos mais bem preparados no mundo,” disse ele exaltando todos os surfistas de ondas grandes.
Os resultados que contaram para o ranking da temporada 2009/2010 foram baseados nas finais do “Quiksilver Ceremonial Punta de Lobos” no Chile, “Billabong Pico Alto Invitational” no Peru, “Mavericks Surf Contest” na Califórnia, e o “Todos Santos Big Wave Event” no México. Segundo o diretor do tour de ondas grandes, Gary Linden, essa temporada teve suas maiores ondas surfadas em Mavericks, sendo as maiores já surfadas na história da competição. “O termo ‘ondas grandes’ agora se aplica a algo maior do que era,” concluiu Gary.
Para o ranking do Big Wave World Tour, somente os finalistas foram premiados com pontos baseados em uma estrutura única que agrega o verdadeiro espírito do surf em ondas grandes – surfar as maiores ondas. Cada evento recebeu seus pontos baseados no tamanho das ondas (mínimo de 12 a 15 pés) com ondas maiores valendo mais pontos. Esse sistema foi pensado para premiar o surfista que venceu as etapas em que o maior estava maior e consequentemente pegou as maiores ondas.
O Big Wave Wolrd Tour (2010/2011) já tem pelo menos 5 eventos confirmados para a próxima temporada (2010/2011): Punta de Lobos (Chile), Pico Alto (Peru), Mavericks (Califórnia), Todos os Santos (México) e Nelscott Reef (Oregon). A temporada se inicia no Chile com o Quiksilver Ceremonial, que já está com a janela de espera aberta desde primeiro de Abril, e que se estende até 31 de Maio.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Adriano de Souza campeao do billabong rio



O paulista Adriano de Souza, 24 anos, é o primeiro brasileiro a liderar o ranking mundial na história do ASP World Tour. O feito inédito foi conseguido nesta sexta-feira com a emocionante vitória no Billabong Rio Pro, que fez a Barra da Tijuca parecer um estádio de futebol lotado com a vibração da torcida que compareceu em massa no último dia da etapa brasileira do ASP Tour no Rio de Janeiro. A final foi contra o australiano Taj Burrow, 32, que já tinha três vitórias no Brasil, com a primeira da sua carreira sendo conquistada nas mesmas ondas da Barra da Tijuca em 1999.
Sobre os gritos de "Mineiro, Mineiro, Mineiro" do enorme público, chorando de emoção, depois de abraçar o seu técnico e manager desde o início da carreira, Luis Henrique Campos, mais conhecido como Pinga, Adriano de Souza soluçou suas primeiras palavras quando chegou na arena do Billabong Rio Pro. "É muita emoção, estou até sem palavras, mas primeiro de tudo preciso agradecer muito ao Pinga, que sempre me apoiou e acreditou que este dia iria chegar. É uma emoção indescritível que estou vivendo hoje".
O novo líder do ranking mundial continuou falando: "Ganhar essa etapa aqui no Brasil sempre foi meu maior sonho. Lembro que quando eu era pequeno, bem jovem, o Pinga me trouxe para ver esse campeonato aqui na Barra mesmo, em 1998, quando o Peterson Rosa ganhou e a torcida também explodiu como agora. Desde aquele ano sempre sonhei em repetir isso e agora consegui".
Adriano de Souza também destacou a vitória do potiguar Jadson André, seu companheiro de equipe na Oakley, no ano passado em Imbituba (SC), vingando a derrota que ele mesmo havia sofrido na edição anterior. "Em 2009 eu cheguei muito próximo da vitória lá em Imbituba (SC), mas o Kelly (Slater) me venceu no finalzinho e eu fiquei com aquele gostinho amargo na boca. Mas, o meu dia chegou aqui no Rio, não poderia ser melhor e principalmente porque veio na hora certa, quando estou bem no ranking".
Quando perguntado sobre ser o primeiro brasileiro da história a liderar o ranking mundial da ASP, as lágrimas voltaram a cair e em soluços novamente, respondeu: "Estou feliz com tudo isso. Sei que ainda é muito cedo pra pensar em título mundial, tem muitos surfistas bons no circuito, estamos só no início da temporada ainda. Mas, estou feliz porque desde 13 de outubro de 2009 que não consigo vencer uma etapa do ASP Tour, aliás, essa tinha sido minha única vitória, então ganhar aqui e liderar o ranking é realmente demais, chegou o dia, me desculpe não conseguir falar mais pela emoção deste momento".
Ele faturou o prêmio de 100 mil dólares do Billabong Rio Pro surfando ondas quando a prioridade de escolha era do australiano. Taj Burrow largou na frente com uma nota 7,0 e depois ficou esperando as maiores ondas das séries. Enquanto isso, Mineirinho foi pegando as ondas que o australiano deixava passar e a torcida explodia a cada manobra. A primeira onda valeu nota 6,5, a segunda foi melhor ainda e arrancou 8 pontos dos juízes, com a vitória sendo sacramentada em outra esquerda detonada com batidas e rasgadas desgarrando a rabeta, abrindo leques de água, que renderam uma nota 7,63.
O placar final ficou em 15,63 x 12,17 pontos e Taj Burrow não conseguiu repetir as vitórias conquistadas no Brasil em 1999 na Barra da Tijuca, em 2002 em Saquarema (RJ) e em 2004 em Imbituba (SC). A final do Billabong Rio Pro foi a sétima bateria entre os dois na história do ASP Tour. O brasileiro só havia vencido uma, nas semifinais da etapa da Gold Coast, em 2009 na Austrália. Foi quando Mineirinho fez sua primeira final na carreira, que foi vencida pelo australiano Joel Parkinson nos tubos em Kirra Point.
"Estou muito chateado agora", falou Taj Burrow. "Eu queria muito vencer aqui. O segundo lugar até que é um bom resultado, mas eu não queria de maneira alguma deixar escapar essa vitória. Comecei bem a bateria com uma nota 7 e fiquei esperando, esperando, mas as ondas simplesmente sumiram pra mim. O Adriano usou uma boa tática de ficar mais pra dentro do pico pegando as ondas intermediárias e deu tudo certo para ele. Eu só precisava de uma onda boa pra vencer, não consegui e parabéns pra ele".
Para chegar na final, Adriano de Souza primeiro derrotou o taitiano Michel Bourez na repescagem da quarta fase que abriu o último dia do Billabong Rio Pro na Barra da Tijuca. Depois, passou apertado pelo australiano Owen Wright nas quartas de final, que quase vira o placar na última onda. Foi o seu duelo mais difícil na sexta-feira, com o resultado de 14,23 x 14,10 pontos comprovando isso. Na semifinal, as séries já estavam demorando mais para entrar, poucas ondas foram surfadas pelos competidores e Adriano levou a melhor contra outro australiano, Bede Durbidge, derrotando-o por 9,00 x 8,40 pontos.
"O Adriano está com tudo, teve o apoio todo da torcida aqui e fica difícil surfar contra tudo isso, mas fiquei decepcionado mesmo porque essa foi a pior bateria de ondas até agora e não deu pra gente surfar quase nada", falou Bede Durbidge, que dividiu o terceiro lugar com o francês Jeremy Flores, derrotado por Taj Burrow na primeira semifinal.
"Fiquei feliz com o resultado, pois não comecei bem o ano lá na Austrália e não tenho do que reclamar deste terceiro lugar", disse Jeremy Flores que ainda comentou ter dores no joelho. . "Consegui surfar bem, fazer notas altas e isso foi o mais importante pra mim. As ondas pioraram um pouco hoje, mas rolaram boas ondas no campeonato. No ano passado eu fiquei em nono lugar aqui no Brasil, agora um terceiro, então estou melhorando".
O resultado do Billabong Rio Pro garante o Brasil na ponta do ranking mundial pela primeira vez na história até a próxima etapa em Jeffreys Bay, também patrocinada pela Billabong na África do Sul, nos dias 14 a 24 de julho. Adriano de Souza é o novo líder, seguido pelo australiano Joel Parkinson e o dez vezes campeão mundial Kelly Slater. Com o vice-campeonato, Taj Burrow assumiu a quarta posição na classificação geral das três etapas completadas no Rio de Janeiro.
O Verão Sem Fim e o Billabong Rio Pro, produzidos pela GEO Eventos, foram apresentados pela Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e pela Riotur e contam ainda com o apoio da Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro, Associação de Surf da Barra da Tijuca, Arpoador Surf Club e Favela Surf Club.
FINAL DO BILLABONG RIO PRO:
Campeão: Adriano de Souza (BRA) com 15,63 pontos - US$ 100.000 e 10.000 pontos
Vice-campeão: Taj Burrow (AUS) com 12,17 pontos - US$ 40.000 e 8.000 pontos
SEMIFINAIS - 3.o lugar - US$ 20.000 e 6.500 pontos:
1.a: Taj Burrow (AUS) 16.27 x 10.50 Jeremy Flores (FRA)
2.a: Adriano de Souza (BRA) 9.00 x 8.40 Bede Durbidge (AUS)
QUARTAS DE FINAL - 5.o lugar - US$ 15.000 e 5.200 pontos:
1.a: Taj Burrow (AUS) 16.26 x 14.43 Bobby Martinez (EUA)
2.a: Jeremy Flores (FRA) 15.60 x 12.17 Jeremy Flores (FRA)
3.a: Bede Durbidge (AUS) 16.03 x 6.27 Josh Kerr (AUS)
4.a: Adriano de Souza (BRA) 14.23 x 14.10 Owen Wright (AUS)
REPESCAGEM DA QUARTA FASE - 1.o=Quartas de final / 2.o=9.o lugar (US$ 12.500 e 4.000 pontos):
1.a: Bobby Martinez (EUA) 14.60 x 12.63 Damien Hobgood (EUA)
2.a: Jeremy Flores (FRA) 12.60 x 11.63 Daniel Ross (AUS)
3.a: Bede Durbidge (AUS) 13.43 x 12.67 Raoni Monteiro (BRA)
4.a: Adriano de Souza (BRA) 10.73 x 7.90 Michel Bourez (TAH)
ASP WORLD TITLE RACE 2011 - ranking das 3 etapas:
01: Adriano de Souza (BRA) - 20.500 pontos
02: Joel Parkinson (AUS) - 19.200
03: Kelly Slater (EUA) - 16.950
04: Taj Burrow (AUS) - 16.500
05: Jordy Smith (AFR) - 14.750
06: Owen Wright (AUS) - 12.150
07: Michel Bourez (TAH) - 12.000
08: Mick Fanning (AUS) - 11.500
09: Bede Durbidge (AUS) - 11.000
09: Tiago Pires (PRT) - 11.000
11: Jeremy Flores (FRA) - 8.750
12: Jadson André (BRA) - 8.700
12: Josh Kerr (AUS) - 8.700
14: Bobby Martinez (EUA) - 7.450
14: Matt Wilkinson (AUS) - 7.450
14: Alejo Muniz (BRA) - 7.450
24: Heitor Alves (BRA) - 5.250
26: Raoni Monteiro (BRA) - 5.000

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Bruce Kamonk fazendo sua prancha




Não me recordo o ano, mas foi logo quando comecei a surfar entre 86 e 87, que vi Brian Bruce, esse baiano com nome de gringo pegando onda em Jaguaribe de uma forma bem diferente da maioria dos surfistas daquela época.

O cara mandava aéreos e batidas fortes e eu mal ficava em pé na prancha. Aquele garoto me deixou chocado com seu surf.

Bruce seguiu tendo excelentes resultados em campeonatos amadores e profissionais pelo Brasil e principalmente na Bahia, onde foi bicampeão estadual no meio dos anos 90.

Chegou a competir também no circuito mundial WQS, apenas nas etapas brasileiras - que na época não eram muitas.

Bruce treinava de quatro a seis horas, pegando onda, e à noite buscava o condicionamento físico em uma academia. Mesmo com todo o esforço e os excelentes resultados, Brian Bruce Kamonk não conseguia um patrocinador principal que o bancasse nos circuitos brasileiro e mundial.

Talvez pelo seu jeito irreverente, falta de sorte ou sortilégio do destino. Quem sabe?

Em setembro de 2001, um dos maiores mares que vi em Salvador, com uns 10 pés havaianos, fui para o Jardim de Alah e só tinha um cara lá dentro. Era Bruce. Enquanto eu dropava as ondas e acelerava para não ser pego pelo lip, o doido tentava uns floaters e rasgadas. De novo fiquei chocado e feliz com aquela apresentação de surf.

Mas, o fato é que o tempo foi passando e Bruce desestimulado cometeu o erro de muitos garotos, caiu nas noitadas, álcool e drogas, levando um bom tempo em uma triste vida de ilusões.

Mesmo nessa época, continuou pegando onda e começou a shapear. Parece que nasceu mesmo para o surf, pois desenvolveu uma mão mágica, com pesquisas diversas e a ajuda de outro grande talento e shaper Hilton Issa.

Em 2005, conheci Bruce e resolvi fazer duas pranchas com ele, uma 5'8 e uma 6'4, adorei as duas, mas como ele foi morar em Itacaré e Barra Grande, por algum tempo perdemos o contato.

Talvez por ter vivido nesses dois paraísos, tenha amadurecido e como ele mesmo me disse, ainda tinha muito a construir. Não para provar nada para ninguém, mas para ser feliz.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Djackson Passos em ilheus/BA



Durante os eventos de surf que vinham acontecendo nas lindas praias do litoral do sul da Bahia, o atleta da foto ao lado me chamou a atenção.

Passei a segui-lo sem que ele percebesse e a cada momento me surpreendia com o seu jeito simples e humilde de viver e curtir a vida.

Ele é um daqueles garotos, jovens, atletas e brasileiros que nunca desiste. Um grande sonhador que não se importa com a deficiência física e foi em busca dos seus sonhos.

Os primeiros sonhos já foram concretizados que era pedalar e surfar. 

Em terra firme pedala 14 km de segunda a sexta até a escola. No mar, “destrói as ondas” com suas manobras. E com a sua determinação é um exemplo de vida e de superação.

Desde pequeno, ia de bicicleta até a praia do norte em Ilhéus ver a galera surfar e ali sonhava em um dia poder entrar no mar e deslizar sobre as ondas.

E esse dia chegou. Determinado, montou em sua bike e foi até a oficina de pranchas do shaper Davi do Skate e pediu uma ajuda.

Primeiro, Davi lhe deu uma prancha usada e não demorou muito para o garoto mostrar ao seu "padrinho" que não só tinha talento e o “surf na veia”, como um largo sorriso no rosto que revelava toda a sua alegria e felicidade por estar no mar realizando um dos seus sonhos.

Depois, Davi passou não só a patrocinar, mas também a conseguir as inscrições dos campeonatos e a dar instruções para o atleta que no inicio teve muita dificuldade em ficar de pé.

“Coloca a mão na borda que você consegue surfar e manobrar.” instruiu Davi do Skate, que além de padrinho, tornou-se técnico e patrocinador.

Com sua persistência e dedicação logo se tornou um grande atleta e um surfista de alma. Nas competições mesmo não ganhando, sua filosofia é: o importante é participar.

Este garoto tem apenas 15 anos e é um atleta especial. É portador de deficiência física, por conta do destino, o garoto nasceu sem os pés.

Para quem ainda não sabe o nome do atleta da foto, deixe-me apresentar.

O nome dele é Djackson Passos.


Decidiu que largaria as drogas, entrou para os narcóticos anónimos e resolveu ficar limpo.

Nos reencontramos esse ano em um surf no Corrente e mesmo com a grana no limite, me convenceu a fazer mais duas pranchas. Uma 5'8 e uma 6'3, também mágicas.

Entre uma conversa e outra resolvemos fazer uma entrevista e Bruce com muito orgulho, extremamente feliz, demonstrando muita humildade no olhar e na fala tranquila, andava o tempo todo agarrado a sua filhinha e com sua esposa ao lado.

Ele mostrava que era um verdadeiro vencedor, um campeão no shape, nas baterias e na vida. Tanto que quando falamos sobre as drogas ele olhou para a esposa como quem pedia uma aprovação e ela disse: escreva, é a sua vida.

E a sua vida Bruce é como a de todo ser humano, cheia de altos e baixos, com muitos aprendizados e a sabedoria e coragem de pedir ajuda nos momentos difíceis.

Com o amor próprio falando mais alto e mostrando seu exemplo para o mundo, quando queremos podemos superar não só as drogas, mas todas as adversidades da vida.

Brian Bruce Kamonk hoje não é só o cara que faz minhas pranchas. É um pai de família e marido dedicado, um vencedor, um surfista que ainda dá muito trabalho nas baterias e, o mais importante para mim, um grande amigo

domingo, 8 de janeiro de 2012

Rodrigo Hilbert é Gregg, surfista romântico.




Depois de roubar a cena na novela Duas Caras, interpretando o bandido Ronildo, Rodrigo Hilbert vive agora, em Três Irmãs, um personagem totalmente diferente: honesto, equilibrado e muito trabalhador. E, de bônus, ainda pratica seu hobby favorito: surfar! “Há coisa melhor na vida que trabalhar surfando e ainda receber para isso?”, brinca o ator, que pega onda desde os 15 anos e ainda ficou duas semanas em Bali gravando. “As praias são lindas! E mesmo com dublês, não perdi a oportunidade de surfar. Afinal, estava em Bali!”, conta, superempolgado. Apesar de não ter ainda um currículo muito recheado, o ator acredita que agora está mais maduro e pronto para um outro desafio. “Fui muito criticado no meu primeiro trabalho. E com toda razão. Eu era modelo, nunca tinha tido contato com as câmeras. Estou aprendendo com a vida. Observo as pessoas e o modo como elas atuam”, explica Hilbert, que cita Antonio Fagundes como um de seus mestres. “Trabalhei com ele em Duas Caras e posso dizer que foi um pai para mim. Aprendi muito com ele.”

Esse catarinense de 28 anos, com 1,91 m, loiro e de olhos azuis, vem arrancando suspiros da mulherada quando aparece surfando nas ondas da paradisíaca Praia Azul. Mas elas que não se empolguem, porque ele é apaixonado e casado com uma das mulheres mais bonitas do país, Fernanda Lima, e pai dos gêmeos João e Francisco, de 7 meses.

Quem é o Gregg?
Gregg é um cara do sol, da paz, de bem com a vida. Gosta de cuidar das pessoas e dos amigos. Muito romântico, sofre por amar uma mulher (Alma, papel de Giovanna Antonelli) e perdê-la para outro (Galvão, vivido por Bruno Garcia). Mas não desiste e faz de tudo para reconquistar Alma. É um personagem bonito, trabalhador e amigo. Mas não pise no calo dele! (risos) Gregg defende com unhas e dentes a linda Praia Azul.

Ele tem alguma característica sua?
Muitas. A calma, o amor pela natureza e pelo surfe. O jeito de encarar a vida e correr atrás de tudo o que deseja e não desistir nunca.

Como foi sair de um personagem vilão, o Ronildo de Duas Caras, para interpretar o mocinho de Três Irmãs?

É uma responsabilidade grande, ainda mais porque Ronildo se destacou bastante na novela. Mas o bacana de ser ator é isso, poder interpretar personagens diferentes a cada trabalho.

Como é atuar numa novela “ensolarada” como Três Irmãs?
Todo o elenco está com muita vontade, muita gana, a direção também. A novela é linda, tem um visual maravilhoso, com praias incríveis e uma história muito bacana. Estou adorando.

Você estreou em 2002, na novela Desejos de Mulher. De lá para cá, como avalia o seu desempenho? Fui muito criticado nessa novela. Foi ali que eu tomei gosto pela atuação e vi que era o que eu queria. Fiquei dois anos afastado da TV e comecei a fazer um curso de teatro, fiz a oficina de atores da Globo e fui procurando o meu caminho, lendo, aprendendo. Graças a Deus, sempre tive do meu lado pessoas muito generosas, que me ajudaram bastante.

Ainda faz cursos de interpretação?
Não. Agora aprendo com a vida. E tenho muita vontade de aprender. Estou indo pelo caminho certo, já me sinto mais à vontade em pedir opinião aos diretores. Antes eu tinha vergonha.

Como foi participar do quadro Dança dos Famosos, no Faustão?
O Dança dos Famosos foi um marco para mim: antes e depois do Dança. Descobri que podia dançar e isso é incrível. A gente pode fazer tudo o que desejar na vida. Basta querer.

Como está se saindo no papel de pai?
Sou um excelente pai, graças a Deus. Nasci para isso. Minha vida agora gira em torno deles. Acordo de madrugada, troco fralda, faço tudo... Está sendo ótimo, um presentão divino!

Com quem eles se parecem?
Eles são bem diferentes um do outro. Francisco é mais parecido comigo e o João com a Fernanda.

A chegada dos bebês mudou muito sua relação com a Fernanda?
Fernanda é a mulher que eu amo! Não mudou nada, pelo contrário, só melhorou.